Imagine-se a flutuar no vasto oceano do cosmos, onde as ondas são feitas de gás e poeira cósmica, e as praias são constituídas por miríades de estrelas recém-nascidas. Neste cenário de tirar o fôlego, encontramos uma verdadeira joia celeste: a Nebulosa da Lagoa, também conhecida como Messier 8.
Situada a cerca de 5.200 anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário, esta maravilha cósmica é uma das nebulosas mais brilhantes e maiores que podemos observar no nosso céu noturno. Com uma extensão de aproximadamente 140 anos-luz, a Nebulosa da Lagoa é um espetáculo de luz e cor que nos cativa e intriga há séculos.
Mas o que torna esta nebulosa tão especial? Por que razão tem fascinado astrónomos amadores e profissionais ao longo de gerações? A resposta reside na sua natureza dual: a Nebulosa da Lagoa é simultaneamente uma nebulosa de emissão e uma nebulosa de reflexão. Este fenómeno único cria um espetáculo visual deslumbrante, com nuvens de gás incandescente a brilhar em tons de vermelho vivo, enquanto a poeira cósmica reflete a luz azulada das estrelas jovens e quentes nas proximidades.
A História da sua Descoberta
A história da descoberta da Nebulosa da Lagoa é tão fascinante quanto o próprio objeto celeste, remontando ao século XVII e envolvendo alguns dos mais proeminentes astrónomos da época.
O primeiro registo conhecido da observação da Nebulosa da Lagoa data de 1654, quando foi avistada pelo astrónomo italiano Giovanni Battista Hodierna. No entanto, devido à limitada divulgação das suas observações, esta descoberta permaneceu relativamente desconhecida durante muitos anos.
Foi apenas em 1764 que a Nebulosa da Lagoa ganhou verdadeira notoriedade no mundo astronómico, graças ao trabalho do célebre caçador de cometas francês, Charles Messier. Messier, que compilava um catálogo de objetos nebulosos que poderiam ser confundidos com cometas, observou a nebulosa em 23 de maio daquele ano. Ele descreveu-a como um “aglomerado de pequenas estrelas, misturado com uma nebulosidade que contém uma estrela brilhante“. Esta observação levou à inclusão da Nebulosa da Lagoa no seu famoso catálogo como o objeto Messier 8 (M8).
Nome: | Nebulosa da Lagoa |
Tipo: | Nebulosa de emissão (região H II) + Enxame |
Constelação: | Sagitário |
NGC / IC: | NGC 6523 |
Magnitude: | 6 |
Idade: | 200 milhões de anos |
Vizualização Mínima | olho nu, locais muito escuros |
Tamanho Angular: | 2.5° x 40′ |
Raio (anos-luz): | 55 x 20 AL |
Distância (anos-luz) | 4100 AL |
A.R.: | 18h 03m 37s |
Dec.: | -24°23’12” |
Temporada: | fim do verão |
Localização na Via Láctea: | Braço de Sagitário |
Grupo Galático: | Grupo Local |
Maratona Messier: | #98 |
Contêm: | Nebulosa da Ampulheta |
Curiosamente, embora Messier seja frequentemente creditado como o descobridor da Nebulosa da Lagoa, ele não foi o primeiro a observá-la nem a catalogá-la. O astrónomo inglês John Flamsteed já havia catalogado a nebulosa em 1680, listando-a no seu catálogo como a estrela 2446 Sagittarii.
As observações de Messier, no entanto, foram cruciais para despertar o interesse da comunidade astronómica para este objeto. Nos anos seguintes, vários outros astrónomos notáveis estudaram a Nebulosa da Lagoa, cada um contribuindo para o nosso entendimento deste complexo objeto celeste.
William Herschel, o famoso astrónomo germano-britânico, observou a nebulosa em 1784, notando a sua estrutura complexa e descrevendo-a como tendo “diferentes graus de brilho“. Estas observações detalhadas ajudaram a estabelecer a Nebulosa da Lagoa como um objeto de estudo fascinante e complexo.
À medida que a tecnologia avançava, novas descobertas foram sendo feitas. Em 1873, o astrónomo amador americano Truman Henry Safford identificou a estrela central que ilumina a nebulosa, agora conhecida como Herschel 36. Esta descoberta foi fundamental para compreender a fonte de energia que alimenta o brilho da nebulosa.
A Sua Visibilidade
A Nebulosa da Lagoa (M8) é um dos objetos mais brilhantes e fascinantes do céu noturno, oferecendo um espetáculo visual impressionante para observadores em Portugal e em todo o hemisfério norte. Vamos explorar quando e como podemos melhor observar esta maravilha cósmica.
Melhor Época para Observação:
A melhor altura para observar a Nebulosa da Lagoa em Portugal é durante os meses de verão, particularmente de junho a agosto. Neste período, a constelação de Sagitário, onde a nebulosa está localizada, atinge a sua maior altura no céu noturno do hemisfério norte.
Em Portugal, o objeto torna-se visível no horizonte sudeste por volta das 22h30 em meados de junho, atingindo a sua maior altitude (cerca de 18 graus acima do horizonte sul) por volta da meia-noite em meados de julho. É importante notar que, devido à sua posição austral no céu, a nebulosa nunca sobe muito alto no horizonte quando vista de Portugal, tornando crucial escolher um local de observação com uma vista desimpedida para o sul.
Localização Detalhada:
A Nebulosa da Lagoa está localizada na constelação de Sagitário, nas seguintes coordenadas celestes:
- Ascensão Reta: 18h 03m 37s
- Declinação: -24° 23′ 12″
Ela situa-se próxima à “tampa” do “bule de chá” formado pela constelação de Sagitário, ligeiramente acima e à direita da famosa Nebulosa Trífida (M20).
Como Encontrar a Olho Nu:
Embora seja tecnicamente possível ver a Nebulosa da Lagoa a olho nu em condições ideais, isso pode ser desafiador em Portugal devido à poluição luminosa e à sua baixa altitude no céu. No entanto, aqui está um guia passo a passo para tentar localizá-la:
- Escolha uma noite clara e sem lua, preferencialmente durante a lua nova.
- Encontre um local escuro, longe das luzes da cidade, com uma vista desimpedida para o sul.
- Deixe seus olhos adaptarem-se à escuridão por pelo menos 20 minutos.
- Localize a constelação de Sagitário. Procure o padrão em forma de “bule de chá” no céu sul.
- Olhe para a área acima da “tampa” do bule. Em boas condições, você poderá ver uma mancha nebulosa – esta é a Nebulosa da Lagoa.
Observação com Binóculos:
Binóculos são uma excelente ferramenta para observar a Nebulosa da Lagoa. Siga estes passos:
- Use binóculos 7×50 ou 10×50 para melhores resultados.
- Localize a constelação de Sagitário como descrito anteriormente.
- Aponte os binóculos para a área acima da “tampa” do bule.
- Você deverá ver uma mancha oval brilhante – esta é a Nebulosa da Lagoa.
- Com binóculos, você também poderá distinguir o aglomerado estelar NGC 6530 dentro da nebulosa.
Observação com Telescópio:
Um telescópio revelará muito mais detalhes da Nebulosa da Lagoa:
- Use um telescópio com abertura de pelo menos 100mm.
- Comece com uma ocular de baixa ampliação (cerca de 25x) para localizar a nebulosa.
- Centre a nebulosa no campo de visão.
- Aumente gradualmente a ampliação. Com 50-100x, você começará a ver mais detalhes da estrutura nebulosa.
- Use um filtro nebular (como um filtro UHC ou OIII) para melhorar o contraste e revelar mais detalhes da nebulosa.
- Procure a estrela brilhante 9 Sagittarii na borda leste da nebulosa e o aglomerado estelar NGC 6530 na parte oeste.
- Com telescópios maiores e céus escuros, tente identificar as estruturas escuras conhecidas como “Glóbulos de Bok” dentro da nebulosa.
Lembre-se, a paciência é crucial na astronomia observacional. Dê tempo aos seus olhos para se adaptarem e não hesite em revisitar o objeto várias vezes ao longo da noite. Cada observação pode revelar novos detalhes deste fascinante berçário estelar.
Características mais Notáveis
A Nebulosa da Lagoa (M8) sendo um dos objetos mais fascinantes e estudados do nosso céu noturno, apresenta uma riqueza de características que a tornam única e cientificamente significativa.
Dimensões e Distância
A Nebulosa da Lagoa é uma estrutura cósmica verdadeiramente imponente. Com um diâmetro aparente de 90 por 40 minutos de arco, cobre uma área no céu cerca de quatro vezes maior que a Lua cheia. Em termos físicos, estima-se que tenha um diâmetro de aproximadamente 140 anos-luz. Localizada a cerca de 5.200 anos-luz da Terra, é uma das nebulosas mais próximas e brilhantes visíveis do nosso planeta.
Composição e Estrutura
M8 é classificada como uma nebulosa de emissão, composta principalmente por hidrogénio ionizado (HII). A sua estrutura é complexa, apresentando regiões de gás brilhante entrelaçadas com faixas escuras de poeira cósmica. Uma das suas características mais distintivas é a presença de glóbulos de Bok, pequenas nuvens escuras e densas de gás e poeira que são locais potenciais para a formação de novas estrelas.
Berçário Estelar
A Nebulosa da Lagoa é um local ativo de formação estelar. No seu coração, encontra-se o jovem aglomerado aberto NGC 6530, com idade estimada em apenas 1 a 2 milhões de anos. Este aglomerado contém numerosas estrelas jovens e quentes, principalmente do tipo espectral O e B, que ionizam o gás circundante, fazendo-o brilhar.
A “Ampulheta“
Uma das características mais intrigantes da Nebulosa da Lagoa é uma estrutura em forma de ampulheta, conhecida como “Ampulheta“. Esta região, descoberta em 1997 usando o Telescópio Espacial Hubble, é uma das áreas mais quentes e densas da nebulosa, com temperaturas que atingem os 36.000 K. A sua forma única é criada pela interação entre os ventos estelares e o gás circundante.
Herschel 36
No centro da região da “Ampulheta“ encontra-se Herschel 36, uma das estrelas mais quentes e luminosas conhecidas na nossa galáxia. Esta estrela massiva, com cerca de 30 vezes a massa do Sol, é a principal fonte de ionização para esta região da nebulosa.
Variabilidade
Observações recentes revelaram que partes da Nebulosa da Lagoa exibem variabilidade em escalas de tempo de décadas. Isto é altamente incomum para nebulosas e sugere que processos dinâmicos estão ocorrendo em escalas de tempo surpreendentemente curtas.
Significado Científico
A Nebulosa da Lagoa serve como um “laboratório cósmico” para os astrónomos estudarem a formação e evolução estelar. A presença de estrelas em várias fases de evolução, desde protoestrelas até estrelas massivas jovens, fornece insights valiosos sobre estes processos.
Além disso, a nebulosa tem sido fundamental para o estudo dos glóbulos de Bok e sua relação com a formação estelar. As observações da “Ampulheta” e de Herschel 36 têm ajudado os cientistas a compreender melhor como as estrelas massivas interagem com o seu ambiente.
Emissão de Raios-X
Observações com o Observatório de Raios-X Chandra revelaram uma população significativa de fontes de raios-X na região, associadas principalmente a estrelas jovens. Isto fornece informações cruciais sobre a atividade magnética e os processos de alta energia em estrelas recém-formadas.
Estrelas e Objetos Notáveis na Nebulosa da Lagoa (Messier 8)
A Nebulosa da Lagoa, é um verdadeiro berçário estelar localizado na constelação de Sagitário. Dentro desta nebulosa, encontramos uma coleção fascinante de estrelas jovens e alguns dos objetos celestes mais impressionantes da nossa galáxia.
1. Herschel 36
Herschel 36 é a estrela mais brilhante e massiva da Nebulosa da Lagoa. É uma jovem estrela do tipo espectral O7, com uma massa estimada em cerca de 25 vezes a do Sol. Esta estrela é responsável por grande parte da ionização do gás na nebulosa, emitindo intensas radiações ultravioletas que fazem com que o gás ao seu redor brilhe. A intensa atividade de Herschel 36 cria ventos estelares poderosos, moldando as nuvens de gás e poeira da nebulosa.
2. 9 Sagittarii
Outra estrela notável na Nebulosa da Lagoa é 9 Sagittarii, uma estrela binária massiva composta por duas estrelas O, situadas próximas do núcleo da nebulosa. Esta estrela binária é uma das fontes de radiação ultravioleta que ioniza a nebulosa, contribuindo significativamente para a sua luminosidade e estrutura. A 9 Sagittarii é também uma das estrelas mais quentes e luminosas conhecidas na nossa galáxia.
3. NGC 6530
Dentro da Nebulosa da Lagoa encontra-se o aglomerado estelar NGC 6530, um jovem aglomerado aberto que contém centenas de estrelas recém-formadas. Este aglomerado está imerso no gás e poeira da nebulosa, e as suas estrelas variam amplamente em tamanho e luminosidade, indo desde estrelas de tipo espectral O até estrelas menores de tipo espectral K. O NGC 6530 oferece uma janela fascinante para o estudo de formação estelar e evolução precoce de estrelas.
4. Glóbulos de Bok
Os glóbulos de Bok são pequenas nuvens escuras de gás e poeira presentes na Nebulosa da Lagoa, e são locais onde ocorre a formação de novas estrelas. Estes glóbulos aparecem como manchas escuras contra o fundo brilhante da nebulosa e são locais de intensa atividade gravitacional, onde o material está a colapsar para formar novas estrelas. Estudos destes glóbulos são fundamentais para compreender os processos iniciais da formação estelar.
Glóbulo de Bok SMM 1: Este é um dos glóbulos mais estudados na Nebulosa da Lagoa. SMM 1 é particularmente notável pela sua intensa atividade de formação estelar. Observações em comprimentos de onda do infravermelho revelaram que no seu interior está a formar-se uma estrela jovem massiva. Este glóbulo é um excelente exemplo de como o gás e a poeira colapsam sob a sua própria gravidade para criar novas estrelas.
Glóbulo de Bok SMM 2: é conhecido pela sua densa concentração de material e é um dos mais opacos glóbulos de Bok na Nebulosa da Lagoa. Esta densidade faz dele um local de interesse particular para os astrónomos que estudam a formação estelar em ambientes de alta opacidade. O SMM 2 está associado a emissões de rádio fracas, sugerindo que pode haver estrelas em estágios iniciais de formação escondidas no seu interior.
Glóbulo de Bok B88: é um dos glóbulos de Bok mais famosos na Nebulosa da Lagoa, frequentemente fotografado devido à sua forma proeminente e isolamento relativo dentro da nebulosa. Este glóbulo, de pequena dimensão, destaca-se por apresentar sinais de colapso gravitacional, um processo que conduz à formação estelar. A opacidade e o tamanho de B88 tornam-no um alvo ideal para estudos sobre a fase inicial do colapso de núcleos densos em nuvens moleculares.
Glóbulo de Bok B89: é um dos glóbulos de Bok mais ativos da Nebulosa da Lagoa. Este glóbulo mostra evidências de emissões infravermelhas associadas a protoestrelas, indicando que estrelas de baixa a média massa estão a formar-se no seu interior. A estrutura e a atividade de B89 oferecem insights importantes sobre os processos físicos que regem o nascimento estelar, especialmente em ambientes turbulentos como o da Nebulosa da Lagoa.
Glóbulo de Bok B90: é interessante devido à sua interação com ventos estelares e radiação ultravioleta provenientes das estrelas massivas próximas, como Herschel 36 e 9 Sagittarii. Este glóbulo exibe sinais de fotodissociação, onde a radiação intensa está a evaporar parte do material do glóbulo, um fenómeno comum em regiões H II. Estudos de B90 ajudam a compreender a influência das estrelas massivas na formação estelar e na evolução das nuvens moleculares.
5. Estruturas de “Relâmpagos” e “Chaminés”
A Nebulosa da Lagoa é famosa pelas suas estruturas complexas de gás e poeira, conhecidas como “Relâmpagos” e “Chaminés“. Estas são colunas de material denso que resistem à erosão causada pelos intensos ventos estelares provenientes das estrelas massivas próximas. As “Chaminés” são particularmente notáveis pela sua aparência tubular e pela forma como parecem exalar do centro da nebulosa.
Objetos Notáveis na Proximidade da Nebulosa da Lagoa
A Nebulosa da Lagoa, localizada na constelação de Sagitário, não está sozinha no céu profundo. Na sua proximidade, há diversos objetos celestes fascinantes que merecem atenção. Num raio de até 15º em torno da Messier 8, encontramo-nos num dos campos estelares mais ricos da Via Láctea, um verdadeiro “tesouro astronómico” para observadores e astrofotógrafos. Vejamos os mais notáveis:
Messier 20 (Nebulosa Trífida)
Localizada a cerca de 2º a norte de Messier 8, a Nebulosa Trífida (M20) é um dos objetos mais emblemáticos do céu noturno. Composta por uma nebulosa de emissão e reflexão, a M20 destaca-se pelos seus distintos lóbulos de gás interestelar que se entrelaçam, criando uma aparência “dividida” em três partes. Esta separação é causada por densas nuvens de poeira que cortam a nebulosa, dando-lhe o nome de “Trífida” . É um excelente alvo para telescópios pequenos e médios, onde as suas cores e estruturas podem ser parcialmente discernidas.
Messier 21 (Aglomerado Aberto)
O Messier 21, também está muito muito próximo do Messier 8, está a apenas cerca de 2º a noroeste. Trata-se de um aglomerado estelar aberto com aproximadamente 6 milhões de anos, contendo uma mistura de estrelas jovens, predominantemente quentes e azuis. A sua proximidade com a M20 faz com que os dois objetos sejam frequentemente observados juntos na mesma sessão de observação.
Messier 24 (Nuvem Estelar de Sagitário)
O Messier 24, também conhecido como a Nuvem Estelar de Sagitário, situa-se a cerca de 5º a leste da Nebulosa da Lagoa. Este campo estelar denso não é uma nebulosa no sentido tradicional, mas sim uma região da Via Láctea onde a poeira e o gás interestelar são suficientemente dispersos para permitir a visualização de milhões de estrelas. É um dos objetos celestes mais vastos e espetaculares do céu, cobrindo uma área quase 2º de diâmetro .
Messier 17 (Nebulosa Omega)
A Nebulosa Omega (M17), localizada a cerca de 10º a oeste de Messier 8, é uma vasta região de formação estelar semelhante à Lagoa. Embora menos famosa, é uma nebulosa rica em gás hidrogénio, o que dá origem ao seu brilho avermelhado nas imagens de astrofotografia. O M17 é também conhecido por vários outros nomes, como Nebulosa do Cisne, devido à sua forma que lembra a ave.
NGC 6544 (Aglomerado Globular)
Este aglomerado globular está situado a apenas 1º de distância da Nebulosa da Lagoa. O NGC 6544 é um dos objetos globulares menos conhecidos, mas a sua proximidade com Messier 8 torna-o um excelente alvo para quem deseja explorar não apenas nebulosas, mas também aglomerados estelares compactos. Embora pequeno e denso, é possível visualizá-lo com telescópios pequenos .
Messier 22 (Aglomerado Globular)
O Messier 22, um dos aglomerados globulares mais brilhantes do céu, encontra-se a cerca de 7º a leste de Messier 8. Este objeto impressionante é facilmente visível até mesmo com binóculos, contendo centenas de milhares de estrelas amontoadas numa esfera que gira em torno do centro da Via Láctea. O M22 é particularmente popular entre observadores e é uma peça central na constelação de Sagitário.