Estava na hora do Pôr-do-Sol. Já se adivinhava o noite fria que precede este momento nesta altura do ano. Ali, no meio do Pinhal, aguardava pacientemente o Sol a ser comido pelo horizonte, enquanto as nuvens iam variando de tonalidade.
À medida que a luz se torna cada vez mais fraca, e as primeiras estrelas começam a aparecer, a sensação de insegurança começa a aumentar. Estar no meio do Pinhal sozinho é perigoso.
O Sol já desapareceu, o tom azul de fim de dia foi trocado pelo preto e o medo infantil do escuro, ressurge como um calafrio. Está escuro como breu e a única luz, ténue, vem de cima, das estrelas. Luz essa que percorreu uma distância que demorou milhares de anos para chegar até mim. O meu único conforto, por agora.
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