Desde 2009, o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO – Orbitador de Reconhecimento Lunar) desenvolve o seu trabalho de exploração e mapeamento da Lua, enviando imagens em alta resolução da superfície Lunar.
De vez em quando, a sonda usa suas câmaras para olhar pelo Sistema Solar, e acaba por captando objectos fora dos parâmetros da sua missão principal.
Desta a foto foi de Júpiter. Compreenda-se que a imagem feita pelo LRO não chega perto da precisão e beleza das fotos tiradas, como por exemplo, do telescópio espacial Hubble, mas considerando as condições (são mais de cerca de 600 milhões de km de distância) a foto é até particularmente muito boa.
Pelo menos, boa o suficiente para dar orgulho aos responsáveis. “Tiramos uma foto de Júpiter a partir da Lua no mês passado”, disse Brett Denevi, integrante da equipe LRO, no Twitter. “Pode não ser a resolução mais alta de todos os tempos, mas é nossa. Da Lua a Júpiter, com amor”.
Idade “avançada” limita funções de sonda da Nasa na Lua
A equipa do LRO teve de usar alguns cálculos “pesados” e uma temporização precisa para usar a Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC) para fotografar a área do céu onde Júpiter estaria. E tiveram sorte.
Como a LRO tem 12 anos, algumas coisas já não funcionam como antes. A Unidade de Medição Inercial (IMU) – que mantém o controle para onde está apontada – está a chegar ao fim da sua vida operacional.
A IMU agora é apenas usada em emergências ou situações muito especiais. A equipa do LRO precisa de usar as câmaras de rastreio de estrelas para obter uma estimativa da sua localização e rotação.
Isso “adiciona complicações à imagem em qualquer lugar, menos na superfície lunar”, explicou Denevi. “A LRO também está a envelhecer graciosamente, então os painéis solares devem ser apontados para longe do Sol pelo menor tempo possível. Além de outras restrições térmicas e temporais, a equipa de operações teve que trabalhar muito para encontrar o momento certo para virar o orbitador na direcção ao Sistema Solar exterior e fazer uma varredura para obter esta imagem”.
“Mas, assim como tantas pessoas ao redor do mundo que gostam de virar os seus telescópios para o céu e ver as estrelas e os planetas em primeira mão, a equipa do LROC não resistiu em fazer o mesmo”, disse Denevi.
Fonte