O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, localizado no Monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, Portugal, é um dos monumentos mais emblemáticos do país. Construído entre 1904 e 1959, foi projetado pelo arquiteto Miguel Ventura Terra e concluído por Miguel Nogueira. A sua arquitetura é inspirada no Sacré-Cœur de Paris, com um estilo neorromântico que combina elementos neobizantinos e neogóticos.
O “olho” ou vitral redondo é uma das características mais marcantes da fachada principal do santuário. Este vitral, situado acima da entrada, é um exemplo clássico de uma rosácea, um elemento comum na arquitetura religiosa, especialmente em igrejas góticas. No caso do Santuário de Santa Luzia, a rosácea tem um design intrincado, com divisões radiais que lembram uma flor ou uma roda, e é composta por vidros coloridos que permitem a passagem de luz, criando um efeito luminoso no interior. O vitral não só tem uma função estética, mas também simbólica, frequentemente associado à luz divina e à espiritualidade.
A rosácea do Santuário de Santa Luzia destaca-se pelo seu tamanho e detalhe, sendo um ponto focal da fachada. A sua posição central, entre as duas torres sineiras, reforça a simetria e a grandiosidade do edifício.
A rosácea do Santuário de Santa Luzia destaca-se pelo seu design detalhado e simétrico. Com um diâmetro considerável, provavelmente superior a 5 metros (comum em rosáceas de edifícios desta escala), é composta por um padrão radial que se assemelha a uma flor ou roda, com divisões que criam “pétalas” de pedra e vidro. Os vidros coloridos, visíveis nesta imagem, incluem tons de azul, vermelho e possivelmente amarelo, que são típicos em vitrais religiosos para criar um efeito de luz vibrante no interior. O azul, predominante na foto, é frequentemente associado à divindade e ao céu, enquanto outros tons podem simbolizar diferentes aspetos espirituais, como o vermelho para o amor divino ou o sacrifício.
O desenho central da rosácea inclui uma cruz ou um símbolo circular com divisões, o que é comum em vitrais cristãos, representando a ordem divina ou a eternidade. A pedra que a envolve é finamente esculpida com detalhes geométricos e florais, típicos do estilo neogótico e neobizantino que caracteriza o santuário.
Este vitral não só ilumina o interior do templo, mas também tem uma função simbólica: a luz que passa através dele representa a presença de Deus, um conceito comum na arquitetura sacra. Além disso, a sua posição elevada na fachada, entre as duas torres, reforça a ideia de que é um “olho” que observa os fiéis e a paisagem circundante, incluindo o rio Lima e o Atlântico, visíveis do topo do monte.
Embora não haja detalhes específicos sobre o autor do vitral ou a data exata da sua instalação, é provável que tenha sido projetado durante a construção do santuário (1904-1959) e executado por mestres vidreiros portugueses, uma arte que tem tradição no país desde a Idade Média.