Eclipse Solar Parcial – 2025-03-29

Pode ouvir este artigo do nosso Podcast – Missão: Cosmos (ainda apenas em Inglês)

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No passado dia 29 de março de 2025, os céus de Portugal ofereceram-nos um vislumbre de uma das mais belas danças cósmicas: um eclipse solar parcial. Mesmo que não tenha sido um “apagar” total do Sol, a visão da Lua a “morder” um pedaço da nossa estrela é sempre um momento de admiração e uma oportunidade para refletirmos sobre o nosso lugar neste vasto Universo.

Se perdeu o evento ou simplesmente quer saber mais sobre este fenómeno fascinante, está no sítio certo! Vamos embarcar numa viagem para desvendar os segredos dos eclipses.

Eclipse Solar Parcial – 2025-03-29 – © João Clérigo

O Que Aconteceu no Céu a 29 de Março?

Nesse sábado de manhã, por volta das 9h40 (hora de Lisboa), a Lua começou a sua lenta travessia em frente ao disco solar, vista da nossa perspetiva terrestre. O ponto máximo do eclipse, onde a maior percentagem do Sol esteve coberta, variou ligeiramente dependendo da localização exata, mas ocorreu sensivelmente a meio do evento. O espetáculo terminou por volta das 11h35, quando a Lua completou a sua passagem e o Sol voltou a brilhar em toda a sua glória habitual.

Foi um eclipse parcial, o que significa que a Lua não cobriu completamente o Sol. Ainda assim, para os observadores atentos (e devidamente protegidos!), foi possível notar uma ligeira diminuição da luz ambiente e, claro, a silhueta inconfundível da Lua a sobrepor-se ao Sol.

Eclipses Solares vs. Eclipses Lunares: Uma Questão de Alinhamento

O Universo é um ballet de órbitas e alinhamentos. Os eclipses acontecem quando um corpo celeste bloqueia a luz de outro.

A principal diferença reside em quem está a bloquear a luz e quem está a ser obscurecido. No solar, a Lua bloqueia o Sol; no lunar, a Terra bloqueia a luz solar que chegaria à Lua.

Parcial vs. Total: Nem Todos os Eclipses Solares São Iguais

A sombra da Lua projetada na Terra durante um eclipse solar tem duas partes: a umbra (a parte mais escura e central da sombra) e a penumbra (a parte mais clara e exterior).

Photograph by Peter Jurik / Alamy

O eclipse de 29 de março de 2025 foi apenas parcial para a nossa localização. A sombra principal da Lua (umbra) não passou sobre Portugal.

Olhar Para o Sol: A Segurança em Primeiro Lugar!

A radiação solar intensa pode causar danos permanentes e irreversíveis à sua retina (retinopatia solar), levando à cegueira, mesmo que não sinta dor no momento. Óculos de sol comuns, películas fotográficas, radiografias, CDs ou vidros fumados NÃO SÃO SEGUROS.

Como observar em segurança:

Fotografar o Eclipse:

Fotografar o Sol também exige precauções. Precisa de um filtro solar adequado (que cumpra a norma ISO 12312-2) para colocar na frente da lente da sua câmara (DSLR, mirrorless ou até smartphone com adaptador). Sem este filtro, a luz solar concentrada pode danificar permanentemente o sensor da câmara e, se estiver a usar uma DSLR com visor ótico, também os seus olhos!

Um Universo de Maravilhas

Eclipses como o que testemunhámos recentemente são lembretes poderosos da dinâmica celeste que nos rodeia. São a prova visível de que vivemos num planeta que orbita uma estrela, acompanhado por uma Lua, num ballet cósmico que dura há milhares de milhões de anos.

Embora o eclipse de 29 de março tenha sido “apenas” parcial para nós, cada vislumbre destes eventos é uma janela para a grandiosidade do cosmos. Que continuemos a olhar para cima (com segurança!), com curiosidade e admiração.

Até à próxima aventura celestial!

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